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Mostrando postagens de julho, 2014

Capitulo 3

A existência do homem livre         A filosofia de Sartre só se trata no caso humano, a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" posterior à existência.   O sentido humano da fórmula sartriana de que " a essência precede a existência" é este: dado o modo como somos, a experiência essencial de nós mesmos é uma experiência de não coincidência, ou seja, é a experiência de não termos essência. A liberdade como não coincidência é o que nos define essencialmente; por isso, dirá Sartre, com ares de paradoxo: " o homem está condenado a ser livre” (Carrasco, Alexandre de Oliveira Torres; A liberdade; São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. Pg.39.).         É o homem o centro da filosofia sartriana, pois a existência precede a essência. Ele não é aquilo que se apresenta, mas ele é todo processo histórico de mudanças que veio a ser e

Capitulo 2

A liberdade          A finalidade da perda ou da vitória de um projeto não significa liberdade, muito menos que não somos livres. Acreditar que todos os desejos serão realizados é esta em um estado de delírio, repleto de percepções falsas da qual o senso comum, faz parte com um conceito vulgar de liberdade, onde insistem em espalharem entre os alienados essa alucinação de liberdade. "... para o senso comum, muitas vezes liberdade significa simplesmente poder. É livre quem não encontra nenhum impedimento para o que quer. Não é nesse sentido que Sartre pensa a liberdade. A liberdade é absoluta como valor que finda o humano, e a radicalidade da liberdade sartriana está justamente nisto: não há nada que me reduza à matéria e ao corpo senão a morte, somos plena e absolutamente livres." (Carrasco, Alexandre de Oliveira Torres; A liberdade; São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. Pg.40.).       Ao contrário do senso comum, para Sartre a liberdade é encarada na vida real e não

Capitulo 1

A consciência da liberdade    Sartre chama a consciência de Para-si, [1] expressão que define a consciência como distância ao Ser, pois é uma relação do Em-si-Para si [2] . O surgimento do Para-si, faz com que o Em-si [3] venha ao mundo, de modo mais genérico, o Para-si é o nada pela qual "ha" Em-si. A realidade do Em-si está ai, com suas qualidades, sem qualquer deformação. Pois o Em-si só revela, quando o Para-si o modifica, surgindo no mundo, em potencial, estando abandonado ai no meio à indiferença. Por esta razão, o Para-si nada traz de novo, salvo uma significação; descoberta como situação e toda situação é concreta, cada escolha é uma escolha de mudança concreta a ser provocada em um dado concreto. Pois "Quando o Em-si se rompe para converte-se em Para-si, ocorre não a destruição, mas a "aparição" mesmo do mundo: a consciência faz com que o mundo: a diante dela como existente." (Perdigão, Paulo; Existência e Liberdade, pg. 39).      É a partir