A liberdade
A
finalidade da perda ou da vitória de um projeto não significa liberdade, muito
menos que não somos livres. Acreditar que todos os desejos serão realizados é
esta em um estado de delírio, repleto de percepções falsas da qual o senso
comum, faz parte com um conceito vulgar de liberdade, onde insistem em
espalharem entre os alienados essa alucinação de liberdade.
"...
para o senso comum, muitas vezes liberdade significa simplesmente poder. É
livre quem não encontra nenhum impedimento para o que quer. Não é nesse sentido
que Sartre pensa a liberdade. A liberdade é absoluta como valor que finda o
humano, e a radicalidade da liberdade sartriana está justamente nisto: não há
nada que me reduza à matéria e ao corpo senão a morte, somos plena e absolutamente
livres." (Carrasco, Alexandre de Oliveira Torres; A liberdade; São Paulo:
WMF Martins Fontes, 2011. Pg.40.).
Ao
contrário do senso comum, para Sartre a liberdade é encarada na vida real e não
num sonho. A liberdade é conquista passo a passo, tendo como bússola uma
consciência de ação e não abstração, ao que acontece no mundo, ela tem plena
clareza das dificuldades que irá enfrentar e tendo até mesmo como previsão do
fracasso de um projeto, mas ela com tudo isso luta com plena consciência e
responsabilidade quem tem como objetivo central, construir uma autonomia da
escolha.
Toda
liberdade é liberdade situada na realidade objetiva. Para que haja liberdade,
algo deve separar a concepção de um ato da realização concreta desse ato,
partindo o projeto de seus fins; Só somos livres, quando nossa liberdade, sofre
a adversidade do real e as pressões de uma força do mundo. A liberdade concreta
está posicional com todas as diversidades necessárias para enfrentar como
possível, contudo realizar os fins. A liberdade não situada se desintegra.
Apesar da liberdade depende de dificuldade que lhe contrariem, podemos
compreender essa liberdade, a partir do momento que ela sofre pressões e dessa
forma que ela se afirmar como liberdade. Segundo Sartre os Frances nunca foram
mais livres do que durante a ocupação alemã.
Em uma
sociedade onde a exploração é constante, somos livres para tentar uma relação,
e justamente por sofremos pressões que o nosso projeto se torna forte. Porque o
Homem por mais explorado que seja tem integralmente a sua liberdade. Não quer
dizer que o conceito sartriniano, afirma que o homem cativo seja livre, mas que
ele é livre para agir, a escolha é dele, ele tem a liberdade de decidir fugir
ou resignar-se ao cativeiro. “A vida de um escravo se rebela e morre no curso
de sublevação é uma vida livre" A liberdade de escolha em ação. (Perdigão)
De
acordo com Sartre o surgimento da liberdade é cristalização de um fim através
de algo dado e descoberta de algo dado à luz de um fim. A Liberdade está
condenada a ser livre, porque não pode escolher-se como liberdade. Uma escolha
é uma organização de coisas em situação. Assim sou totalmente livre e
responsável por minha situação. Mas também jamais sou livre a não ser em
situação. Cada pessoa só realiza uma situação: a sua.
A
liberdade se encontra já na origem do Para-si. O Para-si só tem sentido em
situação e a parti da livre escolha de seus fins. Autonomia da escolha. Passamos o dia todo fazendo escolhas sem ao
menos, percebemos dessa realidade, sem ao menos tomarmos consciência dessa
verdade dentro de nós. A liberdade que
Sartre defende nos faz pensar e começarmos a questionar. O que é a escolha?
Para o filosofo a resposta está na negatividade do nada tomando consciência de
sua liberdade;
Ao
nascermos já somos livres, o nosso nascimento é uma confirmação da nossa
liberdade. Nosso nascimento é a ancora da existência da nossa liberdade. Não
nascemos com uma consciência formada, mas só pelo fato de existimos somos
livres. Porque temos a oportunidade de negar o que não tínhamos e escolhermos
construir um conceito de uma liberdade humana construída na autonomia da
escolha. É nesse ponto que Sartre chega na negatividade. Negamos tudo que
éramos e nos transformamos em nada. É do Em-si revelado no para-si que o nada
se torna tudo para o homem no ser-no-mundo como sujeito de si, responsável por
sim e pelo mundo.
“Sartre concede
que minha experiência da liberdade está situada em próprio corpo. Mas a massa
de meu corpo não interfere no absoluto da liberdade. Assim, posso estar
cansado, doente, ferido até ou, ainda, apenas com dores de barriga e mal-estar,
mas minha liberdade permanece intacta, essa operação de "não
coincidência" nada sofre com minhas dores físicas; pelo contrários, como
sou livre, posso desafiá-las ultrapassá-las e mesmo negá-las. Porque o que
fizer, independentemente da minha situação (não só física, mas também
financeira, psicológica, social, fisiológica etc.), faço absolutamente
incondicionado que decorre da estrutura do para-si, o nome que Sartre dá
consciência no seu monumental livro O ser e o nada." (Carrasco, Alexandre
de Oliveira Torres; A liberdade; São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. Pg.40.).
A
liberdade não é condicionada, mas é situada para uma autonomia de escolhas
fazendo existir o sujeito no mundo. A liberdade implica uma angustia de ser
livre para construir um ser consciente de sua responsabilidade perante o outro
e o mundo. Porque liberdade é ser o que é com um devir a escolher no possíveis.
Sendo
nossa escolha absoluta, ela com isso se tornam frágil; ou seja, baseamos nossa
liberdade por meio dela, com uma perspectiva de escolhermos converter em um
além que seria.
Todavia,
compreendamos que essa mesma escolha da qual se apresenta frágil é concebida
pela angustia que faz manifestar nossa liberdade à nossa consciência quando
encontra uma possibilidade de revelação, e no mesmo sentido é testemunha de uma
modificação de nosso projeto inicial. Na angustia, descobrimos que o possível
que projetamos se revelará na nossa liberdade-por-vir, com isso averiguamos que
nossa escolhas não são justificáveis pelo fato de a escolha ser contingência do
Em-si que ela nadifica transformando essa contingência ao plano da determinação
gratuita do Para-si por si mesmo. "Assim, a liberdade não é pura e
simplesmente a contingência na medida em que se volta rumo a seu ser para
iluminá-lo à luz de seu fim; é perpétua fuga á contingência, é interiorização,
nadificação e subjetivação da contingência..." (O ser e o nada, Ensaio de
ontologia fenomenológica, Sartre Jean-Paul; tradução do Paulo Perdigão. 21 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. Pg. 590).
Contudo
a angústia é o modo pelo qual a liberdade é consciência de si, ou seja, é na
angústia que o homem toma consciência de sua liberdade. Somos comprometidos com
nossas escolhas, sendo conscientes de nós mesmos de saber que podemos inverte
nossas escolha. Pois planejamos projetos no porvir de nosso próprio ser numa
liberdade existencial. “A liberdade do Para-si é sempre comprometida; não se
trata de uma liberdade que fosse poder indeterminado e preexistisse à sua
escolha. Jamais podemos nos captar exceto enquanto escolha no ato de se fazer.
(O ser e o nada, Ensaio de ontologia fenomenológica, Sartre Jean-Paul; tradução
do Paulo Perdigão. 21 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. Pg. 590).
No
existencialismo, a liberdade dá ao sujeito a capacidade de dirigir sua vida
como quiser projetar, responsabiliza-se totalmente por seus atos. O engajamento
do indivíduo com uma consciência de ação no mundo torna essa liberdade
possível; pelo fato do ser estar mergulhado na contingência, nas adversidades do
mundo: é o homem em constante situação. Portanto, é o seu ser-no-mundo que lhe
possibilita o ato de realizar ao longo da construção de si, não encontrando
nenhum resquício a priori que poderá tirar-lhe a autonomia.
Nesta
conquista da Liberdade, a despeito da angustia ele habita no ser que toma
consciência de que será preciso continuar agir, mesmo que por ventura não
consiga o que almeja por não conhecer ou domine as consequências de suas ações.
Diante disso é que o ser se cria criando -se numa perpetua construção de si,
colocando-o na dimensão da responsabilidade da criação de sentido a sua
liberdade de criá-lo ou não.
"O ato fundamental de liberdade; e é este
ato que confere seu sentido à ação em particular que levo em consideração em
dado momento; este ato constantemente renovado não se distingue de meu ser, é
escolha de mim mesmo no mundo e, ao mesmo tempo, descoberta do mundo." (O
ser e o nada, Ensaio de ontologia fenomenológica, Sartre, Jean-Paul; tradução
do Paulo Perdigão. 21 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. Pg. 569)
O ser se descobre no
mundo usando de sua plena consciência de liberdade, uma qualidade, um
posicionamento, ela é a condição mesma de ser humano, ela é o direcionar-se ao
mundo que o Para-si não pode deixar de ser. Diante disso não tem como escolher
ser ou não livre. A liberdade é uma condição do ser ela é e será sempre o Nada
de Ser do homem, sua radical indeterminação.
Para o
pensador francês, do mesmo modo que o sujeito, Para-si, não se confunde com o
objeto, mas não pode ser pensado fora da relação com ele, a liberdade não se
deixa limitar totalmente pelo mundo, mas não se comporta de modo alheio a ele.
A de procurar ter vontade de se pensar a liberdade como absoluta, ou seja, como
desligada da consciência, no sentido de fazer junto uma exigência da liberdade
como concreta, de que forma, com um relacionamento necessário o Para-si, para a
concretização de um ser, precisa ter com o mundo.
"Não há
liberdade a não ser em situação, e não há situação a não ser pela liberdade. A
realidade humana encontra por toda parte resistências e obstáculos que ela não
criou; mas essas resistências e obstáculos só têm sentido na e pela livre
escolha que a realidade humana é." (O ser e o nada, Ensaio de ontologia
fenomenológica, Sartre, Jean-Paul; tradução do Paulo Perdigão. 21 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. Pg. 602).
Ao abordar a
liberdade no homem se enfrenta um estado muito tenebroso que é o faz presente
no ser quando ele sair da introspecção de si para torna consciente de seus atos
no mundo que é a angustia, fator crucial no processo de responsabilidade de
vida para a construção da liberdade do homem na sua caminhada existencial no
mundo. Na angustia torna real a consciência de sua liberdade como analisa
Sartre: a angustia é o modo de Ser da liberdade enquanto consciência de Ser. De
acordo com o filosofo na angustia a liberdade está em seu Ser colocando a si
mesma em questão.
A
abordagem principal do filosofo é a liberdade do sujeito. A despeito disso em
sua filosofia, o sujeito como consciente constrói um projeto possível, sendo
assim, um processo pelo qual o homem vem a ser num outro momento, aquilo no que
ele nasceu pra ser, livre em plena liberdade, na medida em que o sujeito
torna-se ou se faz aquilo que escolheu a partir de uma indeterminação. E essa
indeterminação é a ausência da essência, pois ela não é dada ela é construída.
As
concepções tradicionais, por basearem se em uma essência inata do ser, são
conhecidas como essencialistas. Já a última, que dá ênfase ao fato de o ser
humano primeiro existir e somente em seguida constituir uma essência, é
conhecida como existencialismo (PENHA, 2001).
A essência,
para Sartre é construída pelo sujeito. Por isso a frase “a existência precede a
essência”. A essência enquanto indeterminação prévia é a liberdade.
Para o
pensador francês, o homem é livre e responsável por tudo que escolhe de
liberdade existencial projeto original e de má-fé que dela decorrem de outro.
Contudo, somos inteiramente donos do nosso passado, presente e futuro, a
filosofia da ação. A partir do momento que planejamos um projeto tomamos
consciência do nosso futuro, com isso somos responsáveis por tudo que
praticamos, pois ninguém tem culpa por nossos atos e temos como projeto a
liberdade, essa é a nossa condenação.
O
filósofo tem a ideia de liberdade como uma pena, por assim dizer “O homem está
condenado a ser livre”. O sujeito é
processo de existir e não essência dada. A ausência da essência enquanto
determinação prévia é a liberdade, e o que interessa não é o que o homem é, mas
o que ele se torna no percurso da sua existência. Com efeito, se a existência
precede a essência, nada poderá jamais ser explicado por referência a uma
natureza humana dada e definitiva, ou seja, não existe determinismo, o homem é
livre, o homem é liberdade.
A
liberdade no existencialismo em Sartre é transcorrida nas experiências vividas
pelo sujeito, como para ele: “existência precede a essência”, sujeito é
responsável pelo que é, e que projetar será no ponto de visa a olhar para o
futuro.
A noção
de sujeito na filosofia de Sartre é de fundamental importância para seu
conceito de liberdade, uma vez que liberdade somente é liberdade de um sujeito,
cuja consciência é autônoma para escolher. Dessa forma, o sujeito livre, para
ele, é o sujeito moderno, elaborado na filosofia cartesiana, na medida em que
Descartes promulgou a liberdade do pensar e da consciência do sujeito. Nessa
perspectiva, declara Sartre na obra O Existencialismo é um Humanismo:
Como ponto de
partida não pode existir outra verdade senão esta: penso, logo existo; é
a verdade absoluta da consciência que apreende a si mesma. Qualquer teoria que
considere o homem fora desse momento em que ele se apreende a si mesmo é, de
partida, uma teoria que suprime a verdade, pois, fora do cogito cartesiano,
todos os objetos são apenas prováveis e uma doutrina de probabilidades que não
esteja ancorada numa verdade desmorona no nada; para definir o provável temos
de possuir o verdadeiro. (SARTRE, 1987, p. 15).
Ou seja, o homem só é homem pela sua
condição de ser livre. O ser faz-se afirmando em suas escolhas livres, já que
ele é produto de sua liberdade. É na ação livre que o homem escolhe seu ser,
que se constrói enquanto sujeito. Quando ele dita a frase “O homem está
condenado a ser livre”, ele reafirma a responsabilidade do sujeito.
A indeterminação e a ausência são vias
de compreensão da existência; já que o sujeito é um processo de existir e não
essência dada. Ele é o que se faz no percurso da sua existência. Diante disso, sua
filosofia da consciência torna do ser possível
no mundo, onde a liberdade é uma ação. O homem é o que ele projeta num futuro,
do qual tem consciência do que realiza a parti deste possível.
“A liberdade do
Para-si em sua existência originária... esta liberdade requer algo dada, não como
sua condição, mas por mais de um razão: em primeiro lugar, a liberdade só se
concebe como nadificação de algo dado, e na medida em que é negação interna e
consciência, participa da necessidade que prescreve a consciência de ser
consciência de alguma coisa... liberdade é liberdade de escolha, mas não
liberdade de não escolher Com efeito, não escolher é escolher não escolher. Daí
resulta que a escolha é fundamento do ser escolhido, mas não fundamento do
escolher... a liberdade nos remete a algo dado o qual nada mais é senão a
própria facticidade do Para-si.” (O ser e o nada, Ensaio de ontologia
fenomenológica, Sartre, Jean-Paul; tradução do Paulo Perdigão. 21 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. Pg. 592)
Projeto livre é fundamental, porque é meu ser. E por nenhuma relevância
é maior do que a liberdade. Porque o ser é levado pelo nada que o move em poder
ser tudo. No momento em que a escolha é por ser no ser humano, produzindo atos
responsáveis para servir como exemplo para o mundo e o outro. "O homem é livre
porque ã é si mesmo, mas presença a si. O ser que é o que é não poderia ser
livre. A liberdade é precisamente nada que é tendo sido âmago do homem e obriga
a realidade-humana a fazer-se em vez de ser.” (O ser e o nada, Ensaio de ontologia fenomenológica,
Sartre, Jean-Paul; tradução do Paulo Perdigão. 21 ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2012. Pg. 592).
A
autonomia de escolha é o que faze de toda a filosofia de Sartre base de sua
liberdade, se não há escolha, não haverá liberdade, pois sem escolhas como
construir uma consciência consciente, para separar com distinção de que a
liberdade não consistir em "quere" e "poder" e sim vontade
de fazer realizar o que é possível na vida. Porque só o que nós pode tirar a
liberdade é a morte, fora isso somos livre.
"[...] na
filosofia sartriana, como a liberdade é o nada que me move e que pode ser tudo,
a Natureza, como a ordem das coisas e mesmo como ordem das coisas e mesmo como
ordem da vida na humana, não humana, não entra em conta, e nossa liberdade,
apesar de situada, de ser esta liberdade, é absoluta." (Carrasco,
Alexandre de Oliveira Torres; A liberdade; São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
Pg.39.).
Discorrendo sobre o fundamento do ser que a chave central de nossa
pesquisa, a liberdade que é primeiramente percebida pelo Para-si e levada
revelada no ser nas escolhas que recorrem em ações no mundo que são o motivo
pelo qual o homem é e se faz como protagonista do mundo, onde ele foi lança e
desamparado. Recorrendo apenas com ele mesmo, para contar tendo na consciência
sua luz e guia da liberdade realizada nos homens para construir tudo novo.
Mesmo sentido o peso da responsabilidade de ser o que pensar ser no mundo.
Posicionando-se como autêntico em situação que faz de um fim aquilo que é.
"... a
liberdade se identifica com o ser do Para-si: a realidade humano é livre na
exata medida em que tem-de-sê-lo em múltiplas dimensões: primeiro temporalizando-se,
ou pode deixar-se determinar jamais por seu passado para executar tal ou qual
ato; segundo, surgindo como consciência de algo e (si) mesmo, ou seja
consciência de existir, e que, em consequência, nada exterior à consciência
pode motivá-la; por último, sendo transcendência, ou seja não algo que
primeiramente seja para colocar-se depois em relação com tal ou qual fim, mas
ao contrário, um ser que e originariamente projeto, ou seja, que se define por
seu fim.."( O ser e o nada, Ensaio de ontologia fenomenológica, Sartre
Jean-Paul; tradução do Paulo Perdigão. 21 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. Pg.
559).
Averiguamos que a liberdade é dependente da situação. Com isso se o
mundo não existisse não seriamos livres. Porque somos situados no mundo e a
liberdade depende dele para agir. Agir livremente não quer dizer fazer o que
quer cada ato de fazer ter e Ser custa um processo de transformação do que é em
nada para uma nova interpretação desse Homem no mundo. A consciência da ação, e
abertura para um comportamento de liberdade responsável que consiste em cometer
atos perante o meu eu o que posso ser no outro e o mundo.
A
liberdade fundamenta o ser, então esse ser este libertado é fadado de angustia
de ser ele mesmo. No mundo em ele é jogado em valores que faz dele uma má-fé
perante ele mesmo. Esse ser angustiado dentro dele mesmo se rebela para agir
fora da consciência do Em-si e tomar atitudes Para-si no mundo; com o intuito
de mudar ele mesmo e o mundo em que vive.
"à existência, como projeto, delineia a
ação: a exterioriza as possibilidades intimas da existência. Essa projeção da
existência constitui a liberdade como modo de ser da realidade humana. A
liberdade, portanto, como o mais peculiar da existência, é inerente à práxis.
Toda práxis é originariamente livre e individual." (Ensaios filosóficos;
Nunes, Benedito; organizações e apresentação Victor Sales Pinheiros. São Paulo:
Editora WMF Martins Fontes, 2010. Pg. 208).
A
práxis do ser no mundo é a expressão total da liberdade, pois é ato de
maturidade para com o homem agir na práxis com uma consciência livre de
alienação tortuosa que o prendia em sua prisão interna "cheia de
nada" que é preenchida de projetos possíveis sempre em aberto é nunca
fechado. Somos levados a ser construção de si mesmos para ser no mundo
liberdade.
Essa
liberdade exige do homem postura de coragem, mesmo escolhendo a covardia como
escolha. Porque o ser é liberdade compreendida na autonomia da escolha e não
justificável nossos atos e ações não são predestinados a um destino, pois nossa
essência não é a priori é construída na negação.
Negação
é essa de liberdade criada no seu próprio conceito de vida e realidade humana.
Situada e projetada a fazer ter e ser autor e protagonizada da vida, mas sem
roteiro a seguir, os diálogos de sua história é escrita a parti que é
vivenciado no mundo.
Comentários