1. INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
O conceito de
Liberdade no existencialismo de Sartre
1.2 PROBLEMA
Como podemos
compreender a liberdade no existencialista de Sartre?
1.3 PROBLEMÁTICA
Podemos considerar em Sartre a voz
do existencialismo, cujo foco principal é a liberdade do sujeito. Ele descreve
esse sujeito como projetor do seu futuro e de certo modo, exclui o passado
desse; gerando assim, um processo pelo qual o homem vem a ser num outro
momento, aquilo no que ele nasceu pra ser, livre em plena liberdade, na medida
em que o sujeito torna-se ou se faz aquilo que escolheu a partir de uma
indeterminação. E essa indeterminação é a ausência da essência, pois ela não é
dada ela é construída.
As concepções tradicionais, por
basearem se em uma essência inata do ser, são conhecidas como essencialistas.
Já a última, que dá ênfase ao fato de o ser humano primeiro existir e somente
em seguida constituir uma essência, é conhecida como existencialismo (PENHA,
2001).
A essência, para Sartre é construída pelo sujeito. Por isso a frase “a
existência precede a essência”. A essência enquanto indeterminação prévia é a
liberdade. Como é construída a essência humana para Sartre? De que forma Sartre
constrói o conceito de liberdade na consciência do sujeito?
1.4 HIPÓTESE
Em Sartre, o homem é livre e responsável por tudo que escolhe de uma
forma livre, isso seria o seu projeto, agir contra ele seria agir de má-fé.
Contudo, somos inteiramente donos do nosso passado, presente e futuro, isso é a
filosofia da ação. A partir do momento em que planejamos um projeto tomamos
consciência do nosso futuro, com isso somos sempre responsáveis por tudo àquilo
que praticamos, pois ninguém tem culpa por nossos atos, apenas nós mesmos.
Deste modo temos como projeto a liberdade, essa é a nossa condenação.
O filosofo tem a ideia de liberdade como uma pena, por assim dizer. “O
homem está condenado a ser livre”; como movimento existencial e histórico, e
esse processo é uma das características de libertação. E está expresso isso, na
sua frase celebre: “a existência precede a essência”; portanto o sujeito
histórico é o que ele realiza a partia do presente para o futuro, vai
determinar sua liberdade no movimento existencial e histórico. Visto que o
sujeito é sempre o processo de existir e não a essência dada. A ausência da
essência enquanto determinação prévia é a liberdade, e o que interessa não é o
que o homem é, mas o que ele se torna no percurso da existência.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Compreender a
dinâmica da relação homem/história na conceptualização de liberdade na doutrina
existencialista de Sartre.
2.2 ESPECIFICOS
•
Identificar as condutas de má fé;
•
Comparar a dinâmica do “Em si” e sua relação com o “Para-si”;
•
Analisar a ontologia da Temporalidade.
3. METODOLOGIA
O Projeto tem
como Metodologia de procedimento a Pesquisa bibliográfica e o método é
interpretativo.
4. REVISÃO
LITERARIA
A liberdade no
existencialismo de Sartre é transcorrida nas experiências vividas pelo sujeito,
como quando ele apresenta um dos seus principais pensamentos: “existência
precede a essência”, com isso podemos dizer que sujeito é responsável pelo que
é, e que projetar será olhar para o futuro.
A noção de sujeito
na filosofia de Sartre é de fundamental importância para sua conceptualização
de liberdade, uma vez que ela somente é liberdade de um sujeito, cuja
consciência é autônoma para escolher. Dessa forma, o sujeito livre, para ele, é
o sujeito moderno, elaborado na filosofia cartesiana, na medida em que
Descartes promulgou a liberdade do pensar e da consciência do sujeito. Nessa
perspectiva, declara Sartre na obra O Existencialismo é um Humanismo:
Como
ponto de partida não pode existir outra verdade senão está: penso, logo existo; é a verdade absoluta
da consciência que apreende a si mesma. Qualquer teoria que considere o homem
fora desse momento em que ele se apreende a si mesmo é, de partida, uma teoria
que suprime a verdade, pois, fora do cogito cartesiano, todos os objetos são
apenas prováveis e uma doutrina de probabilidades que não esteja ancorada numa
verdade desmorona no nada; para definir o provável temos de possuir o
verdadeiro. (SARTRE, 1987, p. 15).
Ou seja, o homem só é homem pela sua
condição de ser livre. O homem faz-se afirmando suas escolhas livres, já que
ele é produto de sua liberdade. É na ação livre que o homem escolhe seu ser,
que se constrói enquanto sujeito. Quando Sartre diz “O homem está condenado a
ser livre”, ele reafirma a responsabilidade do sujeito sem um Deus.
A indeterminação e a ausência são vias
de compreensão da existência; já que o sujeito é um processo de existir e não
essência dada. Ele é o que se torna no percurso da existência.
No existencialismo Sartre afirma que sua doutrina torna a vida humana
possível, e que a verdade é uma ação. O homem é o que ele projeta num futuro,
do qual tem consciência do que realiza a parti deste futuro projetado.
5. ESETRUTURA DO TEXTO MONOGRÁFICO
Capitulo I A consciência de um agir e
o projeto individual
Capitulo II A importância do passado
na construção do projeto
Capitulo III O nada e a liberdade no
projeto
6 CRONOGRAMAS
Fases da pesquisa
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8 períodos 2013.1
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Mês
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06
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7. REFERÊNCIA
BIBLIOGRAFIA
Strathern, Paul,
1940- Sartre (1905-1980) em 90 minutos / tradução, Marcus Penchel; consultoria,
Danilo Marcondes. — Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.
Artigo O habitus
e o nada; Clovis de Barros; Casper Libero –ESPM- ECA/USP; revista Fameca. Porto
Alegre- n° 17 Abril 2002.
PERDIGÃO, P. Existência e liberdade: uma introdução à filosofia de Sartre. Porto
Alegre: L&PM.1995.
PENHA, J. O que é existencialismo? São Paulo: Brasiliense, 2001. v. 61.
(Coleção Primeiros Passos).
SARTRE, J. P. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. 10. ed.
Petrópolis: Vozes, 2001
O existencialismo é um humanismo. 3. ed. Tradução Rita Correia Guedes. São
Paulo: Nova
Cultural, 1987.
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