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A entrada do assundo da minha monografia

1.     A Liberdade
      A liberdade é um tema discutido na mídia e por todas as pessoas. Debatida, muitas vezes, de forma prolixa, haja vista, como pano de fundo o senso comum sem uma reflexão profunda dessa palavra. É um termo dito e pesando por todas as idades, gêneros, classes sociais e aclamada em manifestações de todas as épocas da História. É sem dúvida, uma palavra de cunho significativo a Humanidade. O ato da liberdade nós traz a magnitude do poder da expressão tanto em bate-papos, quanto no campo intelectual das universidades. A liberdade, é muito mais que uma palavra de impacto para um grupo, ela é uma representação democrática para a sociedade.
    A construção de uma sociedade com homens e mulheres livres, reque do indivíduo uma decisão consciente dos resultados dos seus atos. Porque toda ação boa tem consequências, também toda ação equivoca, resulta em consequências ruins. Com isso, atuação do homem consciente e responsável pelos seus atos, resultara em uma sociedade livre com cidadãos conscientes da sua liberdade.
    A filosofia tem o legado, dentro outros, de refletir o teor da palavra liberdade e a importância que ela representa na existência, na existência humana. Sartre soube como filosofar sobre a liberdade, era um objeto de estudo no âmbito complexo no campo filosófico.
   Sartre refletirá sobre a Liberdade, com tamanha expressivamente que se dedicou por toda sua vida, a defender a Liberdade; viajando pelo mundo, participando efetivamente na política, sendo assim uma das pessoas mais influentes do século 20, com sua obra O ser e o Nada, ganhou o prêmio Nobel, que recusou, para demostrar, fielmente a sua defesa pela liberdade.
    A Liberdade existencialista de Sartre, apresentado no livro “O existencialismo é um humanismo”, texto estenografado que teve pouco retocado por Sartre, de uma conferência que proferiu em Paris numa segunda feira do dia 29 de Outubro de 1945. Nesta conferência empenhou-se em esquematizar suas próprias teses, destacando, apenas aquilo que seria entendido, deixando a técnica aos filósofos. Portando, esse livro era destinado a todos, não somente aos filósofos mas ao público em geral. As críticas eram muitas para sua filosofia existencialista, por começar dos comunistas que relatavam que sua filosofia levavam as pessoas serem contemplativas. Já as críticas dos marxistas o acusaram de acentuava a ignorância humana, de expor aos quatro ventos o sórdido, o suspeito, o viscoso e de negligenciar certas coisas belas, alegres da natureza humana. Contudo, as críticas dos católicos, eram de o existencialismo negar a realidade e a seriedade do empreendimento humano e os valores cristãos. Com essa e outras acusações que Sartre intitula a conferencia de “O existencialismo é um Humanismo”, com isso ele diz que com todas as críticas, até mesmos dos existencialistas tanto crestões quanto dos ateus, eles têm algo em comum de considerarem que a existência precede a essência ou, que é preciso partir da subjetividade. Sartre explica a sua filosofia da liberdade centrada na subjetividade. Levando o sujeito a ser independente nos seus compromissos, construindo a vontade de ser livre e impulsionado na coragem de mudar as regras que o predeem num círculo alienante. Partindo de uma escolha subjetiva, o homem, começa a criar os seus próprios valores morais.
     É pela subjetividade, que o sujeito se encontrará para decidir a suas próprias escolhas, com decisões que serão uma ação de liberdade e coragem perante o mundo, que é cheio de corporações e instituições das quais são compostas de muitas regras, que aliena as pessoas. Alienações, da qual o sujeito se encontra numa maneira conveniente para se manter na zona de conforto, onde eles não se permitem nem ao menos pensar sem autorização de uma autoridade ou instituição.
     Aqui nesta breve reflexão, compreendemos que a liberdade comentada, pela mídia, procurando por muita das vezes audiência, ouvi-las, será necessária cautela por terem teorias rebuscadas, onde se deverá ter prudência de usar o bom senso antes de toma-las como conceitos de liberdade das quais muitas vezes, não serão condescendentes com a filosofia Sartre.


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