Pular para o conteúdo principal

MONOGRAFIA 2014.2 - DIA: 09/12/2014 6 FOLHAS

1.     A Liberdade em geral
      A liberdade é um tema discutido na mídia  em geral, debatida, muitas vezes, de forma prolixa, haja vista, como senso comum sem uma reflexão profunda dessa palavra. É um termo dito e pesando por todas as idades, gêneros, classes sociais e aclamada em manifestações de todas as épocas da História da Humanidade. É sem dúvida, uma palavra de cunho significativo a Sociedade.
      O ato da liberdade nós traz a magnitude do poder da expressão tanto em bate-papos, quanto no campo intelectual das universidades. A liberdade, é muito mais que uma palavra de impacto para um grupo, ela é uma representação democrática para o homem.
    A construção de uma sociedade com homens e mulheres livres, reque do indivíduo uma decisão consciente, da conseqüência dos seus atos. Atuação do homem consciente, resultara em uma sociedade livre com cidadãos conscientes da sua liberdade.
    Na filosofia esse  legado, dentro outros, de refletir o teor da palavra liberdade e a importância que ela representa na existência humana, o filosofo Sartre, como tantos outros soube como filosofar sobre a liberdade, ela era um dos seus objeto de estudo  no campo filosófico. Ele refletirá sobre a Liberdade, com tamanha expressividade  que se dedicou por toda sua vida, a defender a Liberdade; viajando pelo mundo, participando efetivamente na política, sendo assim uma das pessoas mais influentes do século 20, com sua obra O ser e o Nada, ganhou o prêmio Nobel, que recusou, para demostrar, fielmente a sua defesa pela liberdade.
    A Liberdade existencialista de Sartre, apresentado no livro “O existencialismo é um humanismo”, texto estenografado que teve pouco retocado por Sartre, de uma conferência que proferiu em Paris numa segunda feira do dia 29 de Outubro de 1945. Ele empenhou-se em esquematizar suas próprias teses, destacando, apenas aquilo que seria entendido, deixando a técnica aos filósofos. Tanto que esse livro era destinado a todos, não somente aos filósofos mas ao público em geral. As críticas eram muitas para sua filosofia existencialista, por começar dos comunistas que relatavam que sua filosofia levavam as pessoas serem contemplativas. Já as críticas dos marxistas o acusaram de acentuava a ignorância humana, de expor aos quatro ventos o sordito, o suspeito, o viscoso e de negligenciar certas coisas belas, alegres da natureza humana. Contudo, as críticas dos católicos, eram de o existencialismo negar a realidade e a seriedade do empreendimento humano e os valores cristãos. Com essa e outras acusações que Sartre intitula a conferencia de “O existencialismo é um Humanismo”, com isso ele diz que com todas as críticas, até mesmos dos existencialistas tanto cristões quanto dos ateus, eles têm algo em comum de considerarem que a existência precede a essência ou, que é preciso partir da subjetividade. O filosofo explica que a sua filosofia da liberdade centrada na subjetividade.Tende a Leva o sujeito a ser independente nos seus compromissos, construindo a vontade de ser livre e impulsionado na coragem de mudar as regras que o prendem no círculo alienante. Partindo de uma escolha subjetiva, o homem, começa a criar os seus próprios valores morais.
     É pela subjetividade, que ele fala que o sujeito se encontrará para decidir a suas próprias escolhas, com decisões que serão uma ação de liberdade e coragem perante o mundo, que é cheio de corporações e instituições das quais são compostas de muitas regras, que aliena as pessoas. Alienações, da qual o sujeito se encontra numa maneira conveniente para se manter na zona de conforto, onde eles não se permitem nem ao menos pensar sem autorização de uma autoridade ou instituição.
     Nesta breve reflexão, compreendemos que a liberdade comentada, pela mídia, procurando por muita vezes audiência, ouvi-las, será necessária cautela por terem teorias rebuscadas, onde se deverá ter prudência de usar o bom senso antes de toma-las como conceitos de liberdade das quais muitas vezes, não serão condescendentes no caso com a filosofia de Sartre.



1.1. A existência da liberdade no homem
        A existência do homem livre, na filosofia de Sartre, é compreendida com a seguinte premissa, “existência precede a essência”, essa formula, parti da subjetividade, para entendermos a existência. O homem primeiro existe, depois define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" anterior à existência.
 O sentido humano da fórmula sartriana de que " a essência precede a existência" é este: dado o modo como somos, a experiência essencial de nós mesmos é uma experiência de não coincidência, ou seja, é a experiência de não termos essência. A liberdade como não coincidência é o que nos define essencialmente; por isso, dirá Sartre, com ares de paradoxo: " o homem está condenado a ser livre” (CARRASCO, 2011. Pg.39.).
        Para Sartre, não importa o que as estruturas fazem de nós, mas, sim, o que nós fazemos disso que elas fazem nós. O homem faz a sua própria história, constrói sua identidade, apesar da sociedade, política, família, educação.  Esse o homem é centro da filosofia sartriana, ele não é aquilo que se apresenta, mas ele é todo processo histórico de mudanças que veio a ser o que ele construiu de si mesmo com o passar do tempo se transformou, adquirindo novos valores e uma moral diferente com todo processo. Contudo, o homem não é apenas uma só definição, ele é conceito total que envolve sua existência, ele é um vir a ser.








  "... O homem existe primeiro, para ser depois isto ou aquilo. Existir, para ele é agir de acordo com certos fins, os quais exteriorizam as suas possibilidades originárias. O ato de existir confunde-se com projeção dessas possibilidades. Daí dizer-se: a existência é projeto, o homem não está determinado, não possui uma natureza. Não é nunca tudo o que pode contém o germe da negação. Os dois aspectos integrantes do projeto, a liberdade e a temporalização, mostra isso com mais clareza. A liberdade, inerente a um ser que existe projetando os seus fins, é constitutiva da existência. Nós somos livres, a liberdade é o que somos. O homem está condenado a ser livre, porque existe na forma de projeto interiorizando os condicionamentos e as resistências do mundo exterior. A cada instante o homem supera o que foi e é aquilo que poderá ser. Agindo na direção de seus fins, ele visa sempre um mais-além. Agindo na direção de seus fins, ele visa sempre um mais-além.” (NUNES, 2010, Pg. 204.).  
        O existencialismo de Sartre nos explica, que o homem tem o direito de ser o quer ser na sua trajetória de vida, se ele escolher ser covarde se faz covarde, quer se torna herói se faz herói; existe sempre, para o covarde, uma possibilidade de não mais ser covarde, e, para o herói, de deixar de ser. É com isso, que o homem se torna um ser livre para escolher a liberdade. A liberdade é existência, e nela, “a existência precede a essência”, é surgimento imediatamente concreto e não faz distinção de escolha, ou seja, da pessoa. Mas a estrutura considerada pode ser chamada como Sartre a nomeia na obra: O ser e o nada. Na existência humana consisti em fazer ser como estrutura, para realizar na vida um projeto existencial, que conduz o ser superar a si mesmo, e as diversidades que por ventura a aparecerem no caminho da liberdade, construída pelo próprio punho com a intenção de ir além o que é. Esse processo de existência humana que Sartre nos propõe, transforma o homem para a liberdade.

       



      O projeto de Sartre para o homem é existir no mundo, sendo com sua fraqueza, ou coragem isso faz parte da sua existência.  Conceito de Sartre não existe uma natureza humana, o homem é responsável por si, pois como já sabemos em Sartre “a existência precede a essência”, isso ocorre unicamente, pelo fato do homem ser a própria liberdade, somente o homem é livre, ao contrário dos outros seres que são predeterminados. Somente o homem existe, as outras coisas não, elas apenas são. Só o homem tem ação para constrói sua própria realidade e conduz sua escolha, a liberdade de existir no mundo, seguindo seus próprios ideias. Nas palavras do filosofo no livro “O existencialismo é um humanismo” nos esclarece essa questão do homem existir no mundo, segundo suas ações: " Só existe realidade na ação"; e ela vai ainda mais longe, acrescentando: "O homem não é nada mais que seu projeto, ele não existe senão na medida em que se realiza e, portanto, não e outra coisa senão o conjunto de seus atos, nada mais além de sua vida".
       O homem, que de início nada é, irá definir-se pela sucessão de seus atos, pela série de opções que ele faz em face de cada situação concreta. Em nenhum momento da vida de um homem se pode afirmar que ele é isso ou aquilo, de uma vez para sempre. Como o homem inverta perpetuamente o seu ser, sem possuir “caráter” congênito ou uma “essência” imutável, sua definição jamais se completa em vida, e se conserva sempre em aberto até sua morte. (PERDIGÃO, 1995, p.91)

    Segundo Paulo Perdigão, o homem no início é nada.  Justamente esse nada é o momento em que o ser se depara com o mundo, e vem a interrogação com o que ele encontra no mundo, questionando: qual a razão do mundo estar dessa forma, qual o sentido de ele estar no mundo? Com a postura de observar o porquê de cada coisa, revendo seus conceitos morais, ele se coloca no centro, para que o nada o tome por inteiro, que significa questionar sobre tudo, fazendo dessa interrogativa, também o princípio de tudo. Como isso iniciou, quando o homem, interroga a si mesmo no mundo. O nada ao encontro do ser é um estado neutro entre passado e o futuro e começo de um novo presente. O passado se faz necessário ao homem, apenas para torna-lo em nada e iniciar o presente, porque o futuro ainda estar por acontecer ele não é concreto, ao contrário do presente. O presente, a partir do nada se baseia na reflexão interrogativa, de mudança para novos valores, para assim tomar suas próprias decisões, concretamente no mundo.  Isso não quer dizer que o ser esteja agora completo, pelo contrário. O ser estará sempre nadificando seu passado, por vários motivos, tal como o tempo. O tempo nunca para, sempre está em eterna continuidade, por esse motivo o homem jamais estará completo. Ele se renovará a cada momento, enquanto houver vida. O homem representado aqui por Perdigão  um ser que não tem essência dada, o próprio homem a constrói ao longo do tempo, com escolhas da qual serão o molde para forma sua personalidade.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tudo si volta a servi o outro

"O servo serve seu rei e a ele à até sua vida está está ali para servi . O nascimento do nascer é um servi sem fazer-se servo ;mas ali já está para servi sem servi. "Amai o proximo como a ti mesmo" ; Amar -se; Não pode ter amor sem o outro : Para amar é necessario o outro para existir o amor: Você ama a si mesmo com o intuito de amar o proximo , portanto servi o proximo. O viver é para viver pra servi o outro. E aí é supostamente que está a tal que dizem que não existe, por só existe momentos alegres que a temida e almeja estrada da felicidade existirá ." Alías é só e somente só minha composição pois é para apenas treinar minha lenta é tão lenta digitação.................................................................................................................................................... obrigada e descupas pelos erros ortograficos e outros

rascunhando um velho pré - projeto de monografia ...

1. INTRODUÇÃO 1.1TEMA          O conceito de Liberdade no existencialismo de Sartre 1.2 JUSTIFICATIVA            O interesse pelo tema da liberdade vem sendo estudo por filósofos desde princípio. Em Platão, por exemplo, perceber que a liberdade do sujeito é capaz de atribuir mérito ou demérito, segundo os atos realizados pelo próprio sujeito, sendo que as leis são o peso utilizado para denominar o mérito ou não. Já com os estoicos, a liberdade seria uma adesão espontânea à necessidade natural. 1.3 PROBLEMA            Como podemos compreender a liberdade na relação entre sujeito-história na filosofia existencialista de Sartre? 1.4 PROBLEMATICA             Podemos considerar em Sartre o porta voz do existencialismo? O sujeito projeta o futuro e de certo modo, exclui o passado; gerando assim, um processo pelo qual o homem vem a ser num outro momento, aquilo no que ele nasceu pra ser livre em plena liberdade? Na medida em que o sujeito torna-se ou se faz aquilo que esco